segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O ET do indigenismo brasileiro e seu servilismo basal

Nos anos em que fui presidente da Funai, o então deputado federal pelo Rio de Janeiro, Lindbergh Farias, despontou, em busca de uma bandeira para aparecer no panorama político, com uma autêntico porta-voz dos fazendeiros que tinham invadido a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, ao se apresentar contra a homologação daquela terra indígena.

O ínclito deputado dizia que demarcar terras indígenas nas fronteiras enfraqueceria o Brasil diante dos seus vizinhos, e propunha uma lei que excluísse a demarcação de terras indígenas numa faixa de 10 km da fronteira.

Diante do inusitado da proposta e da sua inconstitucionalidade, chamei o deputado de "o ET do indigenismo brasileiro". E, em uma das várias reuniões convocadas pelo presidente Lula para discutir a viabilidade da homologação da T.I. Raposa Serra do Sol, o deputado se queixou amargamente ao presidente Lula, na frente de todos os presentes, que eu o havia chamado de ET do indigenismo. É claro que Lula deu uma gaitada que contaminou a reunião e disse para o Lindbergh ficar na dele.

Pois bem, Lula assinou o decreto de homologação de Raposa Serra do Sol no dia 15 de abril de 2005.

Lindbergh é hoje candidato a senador pelo Rio de Janeiro e vai se eleger, de acordo com as pesquisas, graças ao apoio dado pelo presidente Lula. Veja aqui uma de suas propagandas mais emocionais, a qual está sendo veiculada pela mídia eletrônica como o máximo do servilismo político. Ele é ET até no servilismo político!

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