sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Indigenista Wagner Tramm esclarece melhor o que aconteceu no 4º Congresso do PT

O indigenista Wagner Tramm traz uma versão mais completa dos acontecimentos que se deram durante o 4º Congresso do PT, em relação à participação de um grupo indígena e de membros da Condsef.


Eis seu relato:


Caros companheiros Indigenistas,

Na verdade a participação no 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores e as manifestações de repúdio ao Decreto Presidencial, etnocida, nº 7056/09, contra os atos do presidente da Funai e a ingerência das ong's no órgão indigenista não foram ações exclusivas dos índios e/ou militantes do Partido dos Trabalhadores, conforme consta no blog do Mércio Pereira Gomes.

Lá estava presente o grupo de índios integrantes do chamado movimento indígena revolucionário (Kraô, Pankararu, Kaingang, Xavante, Munduruku e outros)  que se encontram acampados na Esplanada dos Ministérios ainda que privados de abastecimento d'água e de alimentação por conta de posições ideológicas contrárias ao que acontece atualmente com os índios e indigenistas;  constavam ainda servidores da Funai, a representação do Sindsep-DF, no órgão indigenista apoiados pelo sindicato, pela Condesef e pela CUT.

Praticamente invadimos o congresso no seu segundo dia de realização já que não estávamos credenciados a participar nem como observadores, como tentamos de início.

A nossa presença ostentando duas faixas com os dizeres: "Abaixo a ditadura do Decreto 7056/09" e Fora Márcio Meira e as ong's CTI e ISA que ora subjugam os povos indígenas ", não foi pacífica como parecer ser! Houve muitas confusões e desentendimentos contrários a nossa presença. O militante do partido, Paulo Okamoto, presidente do Sebrae, num ato reacionário, estridentemente pedia a nossa saída e a retirada das faixas. Neste momento, perguntei-lhe em alto e bom som se o congresso era "racista".

Apoiado pelo Deputado Estadual -GO, Mauro Rubem, e por outros manifestantes adquirimos o direito de manter as faixas levantadas e permanecer no local que estávamos, não obstante as constantes ameaças dos seguranças no sentido de nos retirar do local.

No decorrer do evento, várias vezes as duas filhas da Lúcia Munduruku, lideradas pela irmã de nome Suami Muduruku, tentaram furar o bloqueio da segurança para entregar uma carta ao presidente. Depois de mais cinco tentativas elas conseguiram, mas retornaram sem uma resposta para o pedido de audiência com o presidente ou uma manifestação a respeito da carta que lhe entregaram.

Em seguida começamos a gritar: “LULA O ÍNDIO QUER FALAR!” e " FORA MARCIO MEIRA JÁ ! "

Inúmeras vezes um representante do gabinete do presidente, denominado Mauro, esteve junto ao nosso grupo garantindo que o presidente iria nos receber.

O presidente Lula ao iniciar o seu discurso reconheceu a legitimidade da manifestação e retoricamente garantiu que resolveria o problema na semana seguinte.

Os ânimos se acalmaram e entendendo ter transmitido a nossa mensagem, deslocamo-nos do centro do corredor onde estávamos para a lateral esquerda do auditório no sentido de quem entra, onde estava parte da imprensa. Lá iniciou-se um novo conflito : os seguranças alegavam que o espaço era destinado a imprensa, mas continuávamos com as nossas faixas estendidas. Mais uma vez o Sr. Mauro se dirigiu ao nosso grupo alegando que o presidente Lula iria ao final nos receber.

Quando chegávamos ao  citado local um senhor que se dizia ex deputado e prefeito de uma cidade baiana se desentendeu com um pajé Pankararu, um segurança interveio rispidamente aí a índia Lúcia Munduruku o agarrou pela gravata e exigiu respeito aos direitos indígenas dizendo que a atitude dele era racista! Logo depois que o pajé conseguiu passar pelo bloqueio e se reintegrar ao nosso grupo o prefeito baiano pediu desculpas e se identificou... continuamos com as duas faixas estendidas durante todo o tempo.

Durante o almoço fomos recebidos gentilmente em nossa mesa pelo Dr. Perly Cipriano, Subsecretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos que pacientemente ouviu as reclamações do grupo com referência a presença da Força Nacional na porta da Funai, portando escudos, cassetes e armas de grosso calibre com se estivessem preparados para uma guerra, impedindo a entrada dos índios e de pessoas do povo como é o caso dos servidores das administrações regionais extintas: Alexandre Krone, Stela Barnes, Waldira e Paulo de Recife; da aposentada Ana Lange; do representante da Condesef, Sérgio Ronaldo e tantos outros. Com relação à violação da convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. A respeito da ausência de diálogo com os órgãos de governo (ministério da justiça e gabinete presidencial) apesar dos inúmeros pedidos de audiência sem resposta. Sobre a atuação das ong's ,CTI, ISA, IEPE e  outras cujos representantes e familiares ocupam cargos estratégicos no órgão indigenista em detrimento das organizações indígenas que o presidente e sua direção alegam que foram consultadas para edição do famigerado decreto e que propala serem aliadas. Relativas ao nepotismo, ao assédio moral perpetrado contra os servidores mais antigos, a ocupação majoritária dos cargos comissionados (DAS) por pessoas alheias as questões indígenas e não pertencentes aos quadros da fundação.

O representante da Secretaria de Direitos Humanos responsabilizou-se em receber a comissão e cumpriu em audiência realizada na segunda feira passada na qual ficou incumbido de restabelecer o diálogo e verificar as denúncias.

Logo após, os indígenas observaram que o Sr. Mauro, representante do gabinete presidencial, encontrava-se ainda no refeitório, então a equipe dirigiu-se à mesa onde ele estava. De imediato a índia Lúcia Munduruku pediu a ele que não mais mentisse para os índios nem prometesse aquilo que não poderia cumprir.

Encerrado o diálogo com o representante do gabinete presidencial que saiu resmungando e afirmando categoricamente que o decreto jamais seria revogado ou modificado, o grupo dirigiu-se na companhia do sindicalista Chiquinho do MJ para um encontro com representantes sindicais do Ministério da Agricultura e dos Professores do DF, que ficaram encarregados de intermediar uma audiência com a Direção Nacional do Partido que encontrava-se reunida em uma das salas do Centro de Convenções. Enfim, acompanhados do Deputado Mauro Rubem, conseguimos expor aos membros presentes as críticas feitas ao decreto e a gestão do presidente Márcio Meira. Da mesma forma, a Direção comprometeu-se em estabelecer uma via de diálogo e garantir uma audiência com o ministro ou com o Presidente da República.
O Deputado Estadual Mauro Rubem participou da reunião e entregou a Direção Nacional do Partido um documento solicitando a revogação do Decreto 7056/09. Entretanto, hoje, consultando o site do partido, principalmente ao observar o álbum de fotografias do evento, surpreendentemente constatamos que em nenhuma das fotos aparecem as faixas e o grupo indígena. Todavia, o presidente Lula numa ação de marketing aparece recebendo e beijando carinhosamente as duas indiazinhas Munduruku. Sobre a carta a ele entregue nada se fala, assim como com relação ao pronunciamento que na próxima semana estaria resolvendo o assunto.

O QUE PARECER SER NÃO É O QUE É......

A Funai continua sitiada pela Força Nacional, que mantêm dois carros ostensivamente em cima do gramado. Os policiais passam o dia todo sentados atrás da portaria manipulando notebooks com acesso irrestrito a internet, conversando e às vezes cochilando, enquanto os guardas patrimoniais cobram documentos de índios que nem sempre têm carteira de identidade, tampouco sabem falar fluentemente a língua  portuguesa, proíbem o acesso de servidores das administrações extintas e de pessoas do povo que pretendem ingressar num órgão público  com as peculiaridades do órgão indigenista, num atentado ao Estado de Direito Democrático jamais visto em outros órgãos  de governo a não ser nos tempos de chumbo.

Até quando seremos desrespeitados e enganados!

Wagner Tramm
Indigenista/Geógrafo e servidor da Funai há 28 anos.

23 comentários:

Anônimo disse...

Belo comentario, afinal de conta este e um ano politico e os politicos envolvidos nos movimentos em prool a extinçao do decreto agora e que deve continuar forte

Anônimo disse...

A carta do servidor Wagner Tramm é bastante esclarecedora sobre o que realmente aconteceu.
O que não se esperava foi o Partido dos Trabalhadores -PT, o qual obteve a confiança geral dos povos indígenas através do voto tanto 2002 como em 2006, trair esses povos.
A prática da enganação e da mentira tem prevalecido para a política indigenista.

Anônimo disse...

O processo colonial continua, agora nos eufemismos do "desenvolvimento sustentado e gestão compartilhada" promovido pelas famigeradas agências do capital travestidas de ong's... Vida longa ao movimento indígena revolucionário...

Anônimo disse...

Muito simples: Se o PT tivesse a mínima consideração e respeito pelos indígenas, "Custer Meira" já teria saído da Funai.

Votamos e tudo não passou de "engodo" ideológico". PT = Sarney+ditadura. A "SARNODITADURA".
E ainda pagaremos as contas das estravagâncias das jogatinas de Roseana !!!!!

Anônimo disse...

Não ha o que esperar, tudo já se encontra definido, quem tocar a vida mais sedo vai viver melhor, amanhã é outro dia, quem sabe nós possamos ter outra realidade em relação a questão indígena.
Estar na hora de recuarmos para nos reorganizarmos traçar outro caminho para vencer a batalha maior.

Anônimo disse...

recuarmos ou não os estragaos já estão ai para quem quizer ver.

Anônimo disse...

Caros colegas para reflexão, voces acham que o Lula só pot causa de uma movimentção indigena no 4º congrssi tiraria o Marcio Meire desta maneira, afinal de conta ele também pertece ao PT e seria desastrosa sua saída como todos queriam ver.Sabemos muito bem que este decreto não tem condistencia para continuar desta maneira: Os acertos realizados pela presidente da Funai são paliativos e logo vão aparecer os desacertos e todos vão sentir na pele e o proprio Lula não vai quer mas este desgaste pois já acordaram para o grande problema existen porissi di o meu voto para o Mes de Março mas fui voto vencido afinal de contas todas as vezes na Funai sempre acinrece isso comigo não ganho uma sempr a maioria por empolgação leva a melhor e eu tenho que me calar desde o inicio falei isto. Então vamos esperar com paciencia final de contas ainda não fomos prejudicados e sim os indios e os fornecedores que qurem receber mas todos sabemos que quem fica para o proximo ano para pagamento sempr são penalizados mas nãi deixam de receber. O Marcio Meira deverá saie da presidencia mas com a cabeça erguida pois o Lula não faria uma cousa desta que as manifestações pediam pois todos erraram. Então gente vamos ter um pouco mais de paciencia e esperar pelos resutados afinal de conta a Funai não foi extinta por completo aconselho aos colegas que cintinuem trabalhando pois ninguém perdeu nada ainda os politicos ainda estão empenhados na defesa dos servidores e dos indigenas bem com as classes representativas então continuem firms agira com mas cautela que dias bons virão pedes crer.

Anônimo disse...

Heróis existem !!!
Parabéns Senhor Wagner, corajoso e lutador, mesmo sendo perseguido e sofrendo calúnias da atual presidência da Funai, se mantém firme e convicto do que está errado e,parafraseando Gramsci, odeia os indiferentes !!!

Triste é saber que “ongueiros” (como Azanha, o filho do SR. CTI, sendo este sócio de Mª Auxiliadora) que se passam por indigenistas, sindicalistas, jornalistas, políticos, intelectuais, professores (como o Dr. Jaime do CTI) passam diariamente por aquela porta do prédio da Funai em Brasília. Todos vêem essa barbárie, monstruosidade mesmo, contra aos direitos fundamentais dos cidadãos indígenas e calam, silenciam como se nada estivesse acontecendo.

Exemplos da Coordenadora Geral de Educação, (D. Fialho, anos dentro da Funai e agora quase “infartou” para continuar na remunerada função), Martinho, o famoso Coordenador Geral de etnodesenvolvimento, Claudio Romero, agora assessor direto do “Custer Meira”, Fred, grande sindicalista, entre tantos que estão fazendo a política suja desta gestão da Funai, simplesmente por dinheiro, ficam calados, como se a humilhação da Funai aos índios fosse normal.

Semana que passou, os remanescentes ex-administradores, agora Coordenadores Regionais, estavam na Funai, discutindo, talvez sobre “o novo indigenismo repressor”. Mal sabem, que mais dia, menos dia, mesmo sendo capachos da neo-ditadura, serão exonerados para ceder espaço aos correligionários indicados pela Presidência da República e pelo PT do Pará.

Que Deus proteja os índios, porque se depender da atual política petista da Funai.....

Anônimo disse...

FUNAI - surgiu da vontade do regime militar de criar suas próprias instituições e descartar aquelas que lembrassem de algo que ele era contra .

Anônimo disse...

CNBB defende paralisação de construção da usina de Belo Monte
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) defendeu nesta quinta-feira a paralisação do processo que autoriza a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), considerado o maior empreendimento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os bispos defendem que, antes da execução do projeto, os índios, ribeirinhos e a população do município de Altamira (PA), onde a usina será instalada, sejam ouvidos a respeito da sua construção.

"Queremos sensibilizar a sociedade e esperamos que as autoridades brasileiras tomem as devidas providências a fim de que não tenha início a execução do projeto antes de proporcionar reais oportunidades para que as populações implicadas possam debatê-lo, apresentar suas propostas e tenham suas considerações respeitadas", disse o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha.

Os bispos criticaram a concessão de licença ambiental do Ibama para a construção da hidrelétrica ao argumentarem que as obras vão destruir 1500 km2 na Amazônia. "Soma-se a isso o desalojamento de milhares de famílias da cidade de Altamira e das áreas ribeirinhas e indígenas", afirmou.

Dom Geraldo também saiu em defesa do bispo católico da região do Xingu, dom Erwin Kräutler, de que a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte trará o "caos" para a região. "O bispo está sendo ameaçado de morte por causa das suas posições em favor por povos indígenas, na mesma região onde atuou a irmã Dorothy Stang [assassinada no município de Anapu (PA) em 2005]. A CNBB demonstra sua total solidariedade ao bispo", afirmou.

A CNBB disse que o governo federal, ao autorizar a construção da usina, ignorou as argumentações do MPF (Ministério Público Federal) contrárias à execução das obras. O governo, segundo os bispos, também deixou de ouvir as considerações técnicas feitas por cientistas sobre a destruição da Amazônia, assim como as ponderações de movimentos sociais.

"Almejamos em nosso país um desenvolvimento que tenha por base o respeito à vida, a participação efetiva das pessoas na discussão e decisão dos projetos e a garantir de que serão realmente beneficiadas, sem graves impactos prejudiciais à vida do povo e ao meio ambiente", diz nota assinada pela cúpula da CNBB.

Impasse

O Ministério de Minas e Energia deve entregar o preço-teto definitivo para construção da usina hidrelétrica de Belo Monte na próxima semana. Esse é o último passo para que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) publique o edital para o certame, o que deve acontecer ainda na próxima semana.

Belo Monte é um dos projetos mais estratégicos do governo federal. Será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, com potência instalada de 11,2 mil MW. O MPF, porém, tenta suspender as obras para evitar a construção da usina.

Anônimo disse...

“DEPENDÊNCIA OU MORTE”

Para quem ainda não entendeu a intenção do governo PT para os povos indígenas brasileiros, reflitam sobre o episódio da morte de Orlando Zapata que, em vida, discutia E LUTAVA em prol dos direitos humanos.

Como se nada tivesse acontecido, Lula e sua assessoria se mantiveram inertes, da mesma forma e apoio de todos os brasileiros ocupantes de funções comissionadas do PT.

No Brasil, depois de ferir um direito constitucional que certamente levará os Povos Indígenas à desgraça social e cultural, o governo e a atual gestão da Funai já terão a resposta pronta: "É lamentável, como disse o presidente Raúl".

Anônimo disse...

Senhores servidores, anonimos ou não.
Todos têm que ter na mente que são servidores Públicos, logo, obrigados a observa as normas legais e, como tal, o Decreto mesmo que imperfeito é um dispositivo legal.
Como se ver, qualquer ato contrario as normas legais, poderá e deverá ser entendido como insubordinação por parte daqueles servidores.
Não cabe o questionamento aberto, quando muito por via judicial.
Não vai adiantar simplesmente ser contrario por ser, temos que demonstrar por conhecimento e ate mesmo por fatos, que ocorreu um equivoco absurdo na reestruturação da FUNAI.

Anônimo disse...

Não é necessário entrar no mérito jurídico, até porque foram descumpridas outras normas para a imposição deste “Ato Institucional 7056/09” aos Povos Indígenas e servidores.

Cumprir a Lei é a regra geral !!!

Entretanto e muito diferente é dar pleno apoio (além da obediência legal) a isso tudo (puxar o saco mesmo) em troca de uma efêmera Função !!!!

Anônimo disse...

BELOS COMENTARIOS DOS COLEGAS. ENTÃO GENTE VAMOS TER UM POUCO MAIS DE CAUTELA E ESPERAR COM PACIENCIA O QUE TINHA DE SER FEITO JÁ FORAM FEITOS OS PROBLEMAS QUE ACONTECEREM AGORA É POR CONTA DE QUEM NÃO OUVIU O CLAMOR DA DAS COMUNIDADES INDIGENAS E SERVIDORES DA FUNAI, ESTA TUDO CARINHOSAMENTE REGISTRADO. o PRESIDENTE LuLA, DEVERÁ TOMAR AS MEDIDAS CABIVEIS NECESSARIAS, PARA MUDANÇAS OU EXTINÇÃI DO DECRETO UMA COUSA VOCES FIQUEM SABENDO TODOS SERÃO RESPONSAVEIS COM OS ERROS COMETIDOS. PORTANTO UM POUQUINHO MAIS DE PACIENCIA COLEGAS(SERVIDORES E INDIGENAS), QUE TUDO VAI DAR CERTO.

Anônimo disse...

Vejo que os chefes recentes da Funai empolgam-se muito em fazer valer a autoridade que supõem possuir. É claro, Sergio Buaque de Holanda já dizia desde a década de 1930, e o Gustavo Black Alien nos diz em canção recente: este é o país da carteirada, aquele que tem qualquer pequeno poder, faz questão de exercê-lo de forma intimidatória... Entretanto, a legitimidade, na maioria dos casos, incluindo os casos da Funai, é praticamente zero. Precisariam eles ler e conhecer a obra de Weber para compreender melhor esse princípio da legitimidade. Foram inúmeras vezes em que vi pessoas da diretoria esforçando-se em manifestar poderes que tem apenas por meio de portarias, mas que não existem na vida social de nossa atividade. Autoridades que não são reconhecidas por ninguém, justamente pelo esforço de ser autoridade, que enoja a maioria das pessoas e principalmente os índios. Se alguém se auto-proclama o chefe sem sê-lo ou sem ter legitimidade para tal, vejo que eles se divertem em mostrar o contrário...

Anônimo disse...

Em 2 meses, passam de 100 os incêndios em terras indígenas
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA (RR)

Em menos de dois meses, Roraima registrou mais de cem focos de incêndio em terras indígenas. A devastação inclui reservas ambientais e áreas produtivas e é considerada a terceira maior já registrada no Estado.
O fogo é causado por produtores rurais para plantio e renovação da pastagem. Com a forte estiagem em Roraima, as chamas se propagam rapidamente. Estima-se que o fogo tenha atingido entre 50 mil e 100 mil hectares de áreas de transição caracterizadas por vegetação de savana e floresta amazônica.
Desde 27 de dezembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou 1.500 focos de incêndio, sendo 109 em terras indígenas. Os índios dizem ter perdido plantações, animais, pastos e uma casa. (ANDREZZA TRAJANO)

Anônimo disse...

Um comentarista deste blog freqüentemente demonstra a necessidade da espera pacienciosa por uma “ajuda” do Presidente Lula que supostamente seria sensibilizado por tudo que está acontecendo. Lembra a velhinha de Taubaté, famosa personagem de Luís Fernando Veríssimo.

O Indigenismo verdadeiro passará por mais dez meses de “chumbo”, de ferro e chicote!!!
Polícia na Funai, intimidando, prendendo, batendo. A Lei da mordaça faz com que sejamos “anônimos” até no blog”, sob pena de tortura psicológica como muitos servidores estão sofrendo neste exato momento !!!

A única coisa que sensibiliza os petistas (todos aliados de Sarney e Collor) é a iminência de perder a função comissionada e, neste momento no qual se imaginam os senhores da verdade, os “donos do poder” não moverão uma palha para beneficiar qualquer grupo ou movimento social que não representem um significativo retorno potencial de votos.

Duda Mendonça já está fazendo a campanha petista com a gélida calculadora na mão: !!! A desgraça dos índios rende muitos votos, uma vez que o PT passa a imagem global (de rede globo mesmo) de que os índios são os privilegiados bêbados e vagabundos....

Na “Belíndia” que decide o pleito são os detentores de bolsas e cestas !!!

Anônimo disse...

SÓ PARA LEMBRAR A LETRA....
(se eram 300, agora são quantos????)

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
..........

Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída

Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par se sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Rádio FM e televisão

Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
..........

Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída

Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par se sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados
Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez
O congresso continua a serviço de vocês
Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão
Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição
Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena
De exemplo em exemplo aprendemos a lição
Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão
De rádio FM e de televisão
Rádio FM e televisão
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou

Anônimo disse...

Vale a pena assistir os discursos (são vários trechos de +- 9 min cada)durante o 4º Congresso petista disponíveis no próprio site do PT. Evidentemente "cortaram" a parte relatada pelo indigenista Wagner, mas, nesse trecho, uma pérola quando Lula chama Lobão de companheiro http://www.pt.org.br/portalpt/tvpt/video-463-5642

Anônimo disse...

ESPERANÇA !!!!!!
Olhei o "site" recomendado (do PT).
Acho que ainda resta esperança.
Obesrvem as fotos 11, 12 e 13 deste link http://www.pt.org.br/portalpt/popup/album.php?id=235

Anônimo disse...

Por causa das fotos 11,12 e 13 do link :http://www.pt.org.br/portalpt/popup/album.php?id=235. É que o casal indigena Carlos Pankararu e Lúcia Munduruku estão querendo mover uma ação judicial contra o PT de uso indevido da imagens de sua filha........

Anônimo disse...

Que fiasco.... só podia ser idéia do Carlos e da Lúzia.... Expöe a menina e depois processa....

Cacique Mainardo disse...

Fiasco nada! A menina entregou um documento ao presidente, encaminhados pelos indios contrários a forma como foi dada a edição do Decreto 7056/09 que viola a covenção 169/OIT, a constituiçao e a soberania nacional.
A menina estava lá e entregou a carta feita por Rosane Kayngang na certeza de sensibilizar o presidente LULA e lembrar a importância dos indios para o próximo pleito eleitoral.
Quem fala isso é quem defende uma gestão que devolve há mais de dois anos recursos disponilibizados pelo orçamento da União, não diáloga com os índios, esconde-se em uma sala no ministério da justiça e pela primeira vez na estória colocou a Força Nacional para ganhar diárias noite e dias seguidos somente para intimidar os índios e impedir o ingresso publico no órgaõ estatal.
Que vergonha para o PT e para o Brasil, rejeitar uma parte da nação brasileira e expor as terras indigenas e os índios ao achaque e ao conflito ao invés de proteger aqueles que são vistos historicamente como rotos, atrasados , sujos, sem alma, animais conforme forjou o colonizador.
Pobrre colonizado.Fraco de raciocínio. Não vez que expressa o seu racismo? A sua alma suja. A sua ideia de dominador.
Nem o LULA pensa assim sua anta!

 
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