terça-feira, 13 de maio de 2008

"Perco a cabeça, mas não perco o juízo"

Com essa frase sincera, pronunciada algumas semanas atrás, a ministra Marina Silva havia decretado antecipadamente sua saída do Ministério do Meio Ambiente. Era só uma questão de tempo.

Lamento muito pela saída da ministra Marina Silva. Além de uma pessoa carismática, era dedicada às causas ambientalistas, étnicas e humanistas. Ademais, era e continua a ser uma pessoa do bem, com forte senso religioso e de amor ao próximo.

Quando era presidente da Funai ela sempre foi solidária comigo em todas as ações que toquei para a frente e nunca deixou de me apoiar até nos momentos mais difíceis, quando defendi os Cintas-Largas ou quando a mídia distorceu minhas palavras sobre a demarcação de terras indígenas. Nos momentos bons ela estava também ao meu lado, quando foi realizada a homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol ou por ocasião da Conferência Nacional dos Povos Indígenas.

Não sei como será a questão ambiental sem ela no governo Lula. Não sei se o papel das Ongs prevalecerá ou se surgirá uma atitude de estado em relação aos órgãos de proteção ambiental e indigenista.

O ambientalista carioca Carlos Minc foi convidado para a difícil tarefa de substituir a senadora Marina Silva na cadeira do MMA. Só podemos desejá-lo boa sorte e felicidades.

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