quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Evolução humana acelerou nos últimos 10 mil anos

Os desenvolvimentos da genética vêm trazendo tantas novidades ao conhecimento do homem que é de tirar o fôlego. Às vezes as pesquisas descobrem apenas o quanto precisam ser feitas novas pesquisas para dar algumas respostas a novas perguntas.

A pesquisa abaixo sugere que a evolução do ser humano foi muito rápida nos últimos 10 mil anos, inclusive nos aspectos de diferenciação de características raciais. Sugere, inclusive, que tenha havido mudanças no cérebro, o que deixa uma brecha para os racistas de plantão.

É bom, como antropólogo e cidadão, acompanhar os resultados dessas pesquisas. Resultados parciais e sujeitos a novas indagações.

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Estudo descobre aceleração na evolução humana

Povos de continentes diferentes tornaram-se mais distintos nos últimos dois mil anos

Os seres humanos estão evoluindo a uma velocidade inédita, e isto significa que pessoas em continentes diferentes estão se tornando cada vez mais distintas, afirma um novo estudo publicado hoje no Proceedings of the National Academy of Sciences. Pesquisadores da Universidade de Utah descobriram que o ritmo da evolução sofreu uma aceleração nos últimos 40 mil anos, especialmente desde o final da era glacial, há 10 mil anos, diz a CBC. As raças humanas são muito diversas do que eram há mil ou dois mil anos atrás, de acordo com Henry Harpending, um professor de antropologia da universidade. Isto explicaria, em parte, o temperamento dos invasores vikings e seus pacíficos descendentes suecos. “O dogma sobre a mudança falava de flutuações culturais, mas qualquer traço de temperamento que se examina tem forte influência genética”, afirma ele. Foram estudadas 3.9 milhões de mutações de cromossomas em 270 pessoas de quatro populações: chineses, japoneses, iorubás da África e europeus do norte. Outro dado: uma mutação que permite que o corpo digira lactose ganhou força na Europa, enquanto a resistência à malária se espalhou pela África, relata The Globe and Mail. Entre os genes que sofreram mutações mais rápidas estão aqueles ligados ao desenvolvimento do cérebro, mas os pesquisadores não estão certos de porque isso ocorreu. Da mesma forma que não se sabe porque, há dez mil anos, não existiam pessoas de olhos azuis, conta o Los Angeles Times.

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