domingo, 1 de julho de 2007

Cai administrador de Bauru

Como previmos alguns dias atrás caiu o administrador da unidade de Bauru, sob o peso da invasão da Funai por índios liderados por Pedro Gabriel, que agora está vindo de "poty" no seu sobrenome.

Mudar uma administração é sempre difícil, tem que recomeçar tudo de novo. Pior é quando se vai contra a mudança e depois recua-se e aceita os termos dos invasores. Vai ser mais difícil ainda para os índios administrados por Bauru. O grupo que ganhou a disputa tem interesses próprios e visão própria do mundo dos índios na região.

De todo modo, é a primeira vez que um índio venha a ser administrador dessa região. Se é bom por esse lado, será uma aventura.

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Índios recebem confirmação sobre exoneração e desocupam a Funai

Após 11 dias de tensão, 80 índios de 26 aldeias que ocupavam a sede regional da Funai de Bauru deixaram ontem o prédio.

A saída começou às 16h30, minutos depois de os indígenas receberem fax da presidência da Fundação Nacional do Índio com confirmação da exoneração do administrador regional, Nilton Bueno Machado e de seu substituto imediato, Amauri Vieira.

“A Funai cumpriu o que prometeu e nós também fizemos o mesmo”, diz o presidente do núcleo de Tradições Indígenas de Avaí, Gabriel Poty. Há, contudo, algumas arestas a serem aparadas. Poty, nome indicado pelos índios para assumir a regional, ainda não sentirá o gosto do poder. Nem Márcio de Camilo, que deveria ser o substituto durante a transição. A Funai decidiu enviar, na próxima segunda-feira, um administrador interino para conter a crise iniciada pela exigência dos índios de saída de Machado sob acusação de má gestão. “Vamos aguardar a conclusão de todo o processo. Por enquanto, os índios que vieram de outras regiões voltam para suas aldeias”, diz Poty.

A Funai de Bauru representa 36 delas nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Pivô da crise, Machado nega ter feito má gestão à frente da regional, mas sua situação ficou insustentável depois que os índios ameaçaram até atear fogo no prédio. Agora, Machado é investigado pela própria Funai.

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