sábado, 7 de abril de 2007

Terra para os Guarani

A notícia abaixo saiu no site da Funai. A compra dessa terra foi um dos últimos atos que realizei antes de deixar a Funai, dia 22 de março p.p. A duplicação da BR 101 no trecho que vai de Osório, RS, a Florianópolis, SC, atingiu diversas comunidades Guarani-Mbya. Uma delas se situa no sítio chamado Morro dos Cavalos, que a Funai tentou demarcar mas houve controvérsias no relatório da antropóloga que fez o reconhecimento da tradcionalidade da terra. A solução encontrada foi a compra de terras, cujos recursos vieram do DNIT. Ao todo serão oito ou nove áreas a serem compradas. Algumas poderiam ter sido compradas antes, mas os proprietários que as tinham ofertado no mercado se recusaram a vendê-las à Funai quando souberam que serviriam para os índios Guarani. Alegavam desistência de última hora e preferiam vender mais tarde a outrem. Tudo muito sutil para que não pudéssemos processar essas pessoas por preconceito e racismo. Na minha experiência como presidente da Funai Santa Catarina é o estado com maior índice de preconceito aos índios, e seu governador o maior defensor dos interesses antiindígenas.

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Funai compra terra para comunidade Guarani

Funai, por meio da coordenação-geral de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente (GCPIMA), comprou na última segunda-feira, 02/04, a primeira das nove terras que compõem a meta fundiária do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Guarani.
A aquisição faz parte de um convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), firmado em 2002, com objetivo compensar as comunidades Guarani afetadas pelos impactos sócio-ambientais decorrentes da duplicação da BR 101, no trecho entre Florianópolis (SC) e Osório (RS).
A área, de aproximadamente 2.027 m2, está localizada no município de Canelinha (SC) e será destinada a comunidade de Cambirela.

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