quarta-feira, 18 de abril de 2007

A carruagem dos mal informados

O Inesc é uma das instituições da sociedade civil mais respeitadas de Brasília. Trabalha quase que exclusivamente dentro do Congresso Nacional, de onde obtém a maioria de seus dados que constituem seu expertise. Sua diretora é conhecida pelo apelido de Zezé, era amiga de Darcy e Berta Ribeiro e por eles é que fui apresentado a ela muitos anos atrás.

Entre seus quadros existe um soi-disant antropólogo que cuida de ver no SIAFI as contas do governo, seu orçamento e seus gastos. Gosta de cuidar especialmente dos gastos com assuntos indígenas. Alguns meses atrás publicou uma série de dados que o ISA reproduziu alegremente, como se fossem correspondentes aos fatos. Em tudo e por tudo, não sabe quanto se gasta efetivamente na questão indígena brasileira, apenas copia o que sai no SIAFI e os coloca na mídia como se verdade fosse.

Hoje ele deu uma entrevista a Beta Begonha, uma ótima jornalista de rádio, a qual foi reproduzida na Agência Brasil. Disse que 80% dos recursos federais para a questão indígena foram aplicados só para saúde indígena, pela Funasa. É espantosa a falta de conhecimento da questão indígena desse pesquisador. Já o contradisse na entrevista que dei ao ISA, publicada parcialmente no seu último número do Povos Indígenas do Brasil. Agora ele aproveita a Semana do Índio para dar informações equivocadas e sem sentido. E assim prossegue a carrugem dos mal informados sobre os índios no Brasil

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