segunda-feira, 26 de março de 2007

Entrevista na Folha de São Paulo

Entrevista rápida á Folha de São Paulo, 14 de dezembro de 2006, anuncia que sairei da Funai com o Ministro Márcio Thomaz Bastos, e estarei disposto a passar o cargo numa transição tranquila, como de fato ocorreu mais de três meses depois.

Artigo na Folha de São Paulo

Logo após a homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, assinada pelo presidente Lula no dia 15 de abril de 2005, escrevi esse artigo em que considero o ato como o ápice do indigenismo brasileiro diante das resistências dos que não vêem o índio como parte substativa da nação brasileira.

domingo, 25 de março de 2007

Novo Presidente da Funai

O novo presidente da Funai, Márcio Meira, que me substituiu três dias atrás, me pareceu uma pessoa extremamente bem intencionada, equilibrada e conhecedora da questão indígena. Embora venha com a pecha de ser ligado às Ongs, me disse que sua atitude é de que "Ong é Ong, governo é governo". Isto é, ele vê a importância das Ongs na questão indígena mas acha que as determinações políticas do Governo Lula terão ascendência sobre outras considerações. Na transmissão do cargo, realizada nesta quinta-feira passada, dia 22, disse-lhe de público que a Funai esperava muito dele, já que vinha com toda a força do Ministro Tarso Genro e do Presidente Lula. A Funai necessita de um Plano de Carreira e Cargos, concursos públicos que elevem seu quadro de 2.060 funcionários para ao menos 3.500 nos próximos quatro anos, e o aumento de seu Orçamento, que este ano ficou em cerca de 120 milhões de reais. Com isso será possível reestruturá-la para que seja mais eficiente na ponta e na sua organização interna. Escrevo isso porque disse-o a todas as autoridades federais com quem conversei, desde que pus o cargo à disposição ao Ministro Márcio Bastos, inclusive através de um relatório que em breve porei neste Blog. Desejo muita sorte ao Márcio.

sábado, 24 de março de 2007

Entrevista no Estadão

Entrevista ao Estadão, no link ao lado, dia 30 de janeiro de 2006, sobre a quantidade estimada de territórios e áreas indígenas que foram e estaõ sendo demarcadas no Brasil. Vale a pena ler pela resposta dada àqueles que se aproveitaram de uma entrevista que tinha dado alguns dias antes onde dizia do orgulho que todos os brasileiros deviam ter pelo Brasil estar demarcando as terras indígenas como nenhum outro país do mundo. A deturpação feita por um jornalista do Estadão dizia que eu teria dito que havia muita terra para pouco índio, algo que jamais foi dito. Muitos detratores ligados a Ongs e até o movimento indígena achavam que se insistissem com essa aleivosia eu eventulmente seria demitido. Isso não comoveu nem o ministro da Justiça nem o presidente da República.

Entrevista à Revista Época

Clique no link à esquerda para ler minha entevista na revista Época em maio de 2004, onde explico o início da minha administração na Funai, o caso Cinta-Larga versus garimpeiros e outros assuntos importantes. Faço inclusive uma defesa veemente de todo o Governo Lula nesse episódio

Homologação da T.I. Raposa Serra do Sol

A Homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol foi um capítulo heróico e dramático. Muita gente contribuiu enormemente, especialmente os índios Makuxi liderados por Jacy. Mas, entre os brasileiros não indígenas, destaco o Ministro Márcio Thomas Bastos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, o ministro Carlos Ayres Britto, e toda a equipe da Funai, especialmente da Diretoria de Assuntos Fundiários. Na Funai o ato final, realizado no dia 15 de abril de 2005 foi comemorado como resultado do "karma" que o órgão tem desde sua criação. A história dessa homologação ainda precisa ser contada, e a contarei num futuro próximo. Na verdade, muita gente não acreditava que isto fosse possível, dada a imensa resistência provocada no Congresso Nacional e no estado de Roraima. Indico o link ao lado, do Instituto Socioambiental, que trata da notiícia, embora em tom perfunctório.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Benvindos ao Blog do Mércio: "Indios, Antropologia, Cultura

Estamos iniciando nosso Blog, "Índios, Antropologia e Cultura". A partir de hoje quem estiver interessado em povos indígenas, política indigenista, meio ambiente e sua relação como os índios, Amazônia e cultura brasileira, pode acessar nosso "Índios, Antropologia e Cultura" e dar suas opiniões, enviar textos, comentar notícias, esprinafrar detratores dos direitos dos povos indígenas e, enfim, contribuir para a ascenção autônoma dos povos indígenas no nosso país. Nosso lema é ditado por uma observação que o General Rondon escreveu em uma carta a um correligionário gaúcho que achava que o Serviço de Proteção aos Índios deveria ser administrado pelos estados federativos e não pelo governo central. Após argumentar que isto não seria bom para os povos indígenas, pois, se aplicado, "aqui resultaria em extermínio, alli a catechese forçada, theologica ou metaphysica, e mais alem o abandono", remata Rondon: "Ora, os índios não devem ser tratados como propriedade do Estado dentro de cujos limites ficam seus territorios, mas como Nações Autônomas, com as quaes queremos estabelecer relações de amisade" [grafia original]. Essa impressionante carta foi escrita no dia 3 de outubro de 1910, menos de um mês da criação do Serviço de Proteção aos Índios. Tal proposição demonstra a grandeza de Rondon, sua visão do índio como povo e nação, de sua liberdade e do respeito que o Brasil devia ter para com ele. Na minha opinião, tudo que o Brasil e os brasileiros sentem de bom e positivo em relação aos índios está encapsulado nessa frase do Rondon. Honrá-la, procurar os caminhos para torná-la uma realidade é o objetivo maior da grande política indigenista que rege, se não o Estado como um todo, ao menos os corações de todos os brasileiros. Este é o espírito do nosso Blog. Desde já nos abrimos para seus comentários.
 
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